Um movimento ao mesmo tempo mecânico e sinuoso. Desloca funções cotidianas para questões simbólicas. Qual é o olho que tudo vê? O olhar re-visto por todos? O artista coloca-se no entre-lugar, onde o observador é observatório de múltiplos olhos.
A serpente que troca a pele por olhares, mirantes, delirantes, na epiderme suprassensível do corpo da cobra: o globo ocular, os cílios, as expressões humanas, devolvem o olhar.
Ao público, que não passa despercebido pelo animal, olhos que atravessam os mil mistérios em movimentos ondulares, olho que olha e o olho que olhado. Um olhar sub-reptício. Rastros de imagens rastreadas. Tudo está ex-posto à prov.