EYE DADA – JAQUES FAING

Um movimento ao mesmo tempo mecânico e sinuoso. Desloca funções cotidianas para questões simbólicas. Qual é o olho que tudo vê? O olhar re-visto por todos? O artista coloca-se no entre-lugar, onde o observador é observatório de múltiplos olhos.  

 

A serpente que troca a pele por olhares, mirantes, delirantes, na epiderme suprassensível do corpo da cobra: o globo ocular, os cílios, as expressões humanas, devolvem o olhar. 

 

Ao público, que não passa despercebido pelo animal, olhos que atravessam os mil mistérios em movimentos ondulares, olho que olha e o olho que olhado. Um olhar sub-reptício. Rastros de imagens rastreadas. Tudo está ex-posto à prov.  

 

Olho dadá olho dado olho no olhar. 

130 latas de tinta 

16kg de sobras de serralheria 

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