Painéis “Graffiti #PraCegoVer” promovem inclusão artística para deficientes visuais

 

Primeiros graffitis em braile do mundo que promovem a inclusão dos deficientes visuais nas expressões da arte de rua!

 

Um Graffiti totalmente inclusivo onde deficientes visuais “enxergam” e vivenciam a arte de rua. Não adaptamos uma arte para torná-la inclusiva, mas desenvolvemos a arte inovadora com os não-videntes no centro do processo de criação.

 

Todos os painéis foram recheados com texto tátil contendo em palavras a imagem, sua cor, textura, descrevendo por completo, com e através das dimensões dos muros, as artes urbanas. Uma audiodescrição acessada via QR Code complementa a percepção dos não fluentes em Braille.


Arte, cidadania e inclusão para todos!

 

 

Como surgiu o “Graffiti #PraCegoVer”

 

A iniciativa surgiu a partir da percepção de que enquanto os videntes podem admirar e se emocionar com a magnitude das pinturas de rua, os deficientes visuais são privados dessa experiência e do exercício de cidadania trazido pela democratização da arte urbana.

 

Com o objetivo de mudar essa realidade, o projeto Graffiti #PraCegoVer é o pioneiro na criação de murais de grafite em braille, táteis com texturas detalhando as formas da imagem, suas cores e dimensões, proporcionando uma experiência completa e imersiva.

 

“A democratização e a inserção da arte para além do sentido visual, além de inclusiva, é transformadora do espaço público, uma vez que a arte manifesta a presença e os discursos de diversos agentes históricos”, diz o Curador do Projeto, Roberto Parisi.


Para alcançar esse objetivo, foram realizados inúmeros diálogos e parcerias com entidades sociais, produtores culturais, acadêmicos, engenheiros e artistas.

 

O projeto conta com diferentes atividades para promover a inclusão e disseminar a técnica desenvolvida.

 

“Nosso objetivo é difundir a técnica por nós desenvolvida de aplicação tridimensional para Graffiti, fornecendo informações e subsídios para que todos sejam incluídos no Graffiti através de workshops e viabilização financeira a outros artistas que queiram replicar a técnica”, explica o Diretor Artístico, Murillo Denardo.

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━  Mas afinal de contas,

COMO É FEITO?

Criação da Arte

Por meio de uma curadoria minuciosa, o artista desenvolve diferentes esboços nas dimensões específicas de cada localidade e necessidades adaptativas dos espaços.

 

Escolhendo o desenho, são feitos ajustes finos na complexidade e formas dos elementos visuais, a fim de garantir que possam ser interpretados com as mãos.

Digitalização

A arte então é completamente digitalizada e transformada em 3D com uso de softwares.

 

A partir daí são desenvolvidas texturas, elevações, sulcos, Braille e outros recursos táteis para que possam não apenas compor um visual interessante, mas também servir de guia para as mãos dos futuros interlocutores.

Impressão 3D

O arquivo digitalizado é preparado para impressão 3D, sendo fatiado em muitos tijolinhos com dimensões de 10x20cm.


Esses tijolinhos serão feitos em resina para que possuam um toque agradável e um encaixe preciso para que sejam posicionados e colados numa estrutura, formando o desenho do muro em tamanho real, ainda fora da parede.

Fixação e Pintura

Com todos os tijolos posicionados e colados, começa um grande processo de revisão e acabamento, garantindo a fluidez do tato sobre a peça final.

 

Após este processo, a estrutura com todos os tijolos colados é seguramente embalada para transporte e está pronta para ser fixada no muro, chegando o momento do artista pintar com spray.

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